Quem é Nicolò Barella, símbolo da nova Itália que brilha na Eurocopa

Revelado para o futebol pelo ex-atacante Gigi Riva, meio-campista da Internazionale de Milão é um dos pilares da Azzurra invicta do técnico Roberto Mancini, que está nas semifinais do torneio
Por Redação do ge — Florença, Itália
Nicolò Barella. Guarde este nome. Ele pode não ter a maior fama entre os jogadores da seleção da Itália. Não é o craque, nem faz as vezes de artilheiro. Mas conta com total respaldo do técnico Roberto Mancini, veste a credencial de melhor meio-campista do último Campeonato Italiano, e mexe com o coração de Gigi Riva. O filho prodígio da região da Sardenha simboliza como poucos a nova geração da Azzurra.
Itália e Espanha se enfrentam nesta terça-feira, às 16h (de Brasília). A TV Globo, o SporTV e o ge transmitem a partida com exclusividade.
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Ao lado dos renomados Jorginho e Verratti, Barella forma um dos vértices do triângulo da Itália no meio-campo. O ótimo desempenho do setor, da única seleção ainda com 100% de aproveitamento (contando prorrogação), tem sido um dos pontos fortes da equipe.
— Eles dois (Jorginho e Verratti) são fenômenos que fazem o time funcionar. É muito bom receber tantos elogios, porque esses que estão no meio de campo fazem um trabalho muito importante para o time. Mesmo assim, a verdadeira força da Itália está no grupo como um todo. Mas sim, é um dos meio-campos mais fortes em que já joguei — afirmou Barella, em entrevista coletiva no domingo.
Barella foi titular em quatro jogos da Azzurra na Euro-2020. Só não entrou em campo contra o País de Gales porque foi poupado. Seu momento de maior brilho até agora foi o golaço em cima da Bélgica.
A titularidade na seleção tetracampeã mundial não é uma novidade para o jogador de 24 anos. Barella começou jogando em 24 das 27 partidas que já disputou pela Itália, desde outubro de 2018.
Sinal da confiança do técnico Roberto Mancini em seu futebol. O meio-campista é um dos pilares da equipe, que está há 32 jogos invicta (27 vitórias e cinco empates), recorde nacional.
— Como eu disse desde quando cheguei na seleção, o técnico nos deu uma mentalidade vencedora. Em todos os jogos entramos focados em vencer. Tem dado tudo certo até agora, especialmente para mim. Acredito que o técnico tem feito um grande trabalho. Essa mentalidade nos deu muita coisa, nos ajudou em situações difíceis. A visão em comum foi o que nos trouxe tão longe — disse Barella.
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Mancini apostou no volante num momento delicado para a Itália, poucos meses depois da não classificação para a Copa do Mundo de 2018. Com 1,72m de altura, Nicolò tinha 21 anos e defendia o Cagliari. O time figurava na época entre a 12ª e a 15ª posição na tabela de classificação do Campeonato Italiano.
Mas o jovem já era capitão da equipe e visto como referência. Também, fez toda a formação na base do clube (tirando um empréstimo de um ano para o Como, em 2015/16) e virou profissional lá.
E em julho de 2019, apesar da concorrência de outros grandes clubes da Europa, a Internazionale de Milão acertou a sua contratação. Primeiro por empréstimo de uma temporada, com taxa de 12 milhões de euros, e depois em definitivo após o pagamento de outros 32,5 milhões de euros.